Os parabenos são utilizados há mais de 50 anos como conservante de produtos de cosmética, medicamentos e alimentos, devido às suas propriedades antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica. Os mais utilizados derivam de metil, etil, propil e butil e podem ser utilizados isolados ou em associação. Por enquanto parece que o metil e etil, utilizados nas doses recomendadas, não apresentam risco para a saúde, são seguros por serem desprovidos de efeitos endócrinos. Já o propil e o butil continuam em estudo para determinar o seu efeito sobre a fertilidade, especialmente quando a exposição aos parabenos ocorre na infância. Mas conhecem-se as propriedades alergénicas quando aplicados sobre a pele, podendo despoletar dermatite de contacto em pessoas sensíveis e quando aplicados na pele lesionada. Isto leva à suspeita de que também possa haver reações alérgicas na sua ingestão, quem é alérgico não deve portanto tomar ou aplicar parabenos. Se não for alérgico, os xaropes não farão mal.
Os parabenos estão presentes na natureza um pouco por todo o lado, protegendo animais e vegetais com as suas capacidades antimicrobianas, nomeadamente antifúngicas.
No mundo animal podemos encontra-los nos insetos e nas mucosas dos mamíferos.
Nos vegetais há parabenos nos morangos, cebolas, cenouras, pêssegos, azeitonas, feijão branco, pepino, baunilha, etc.
Os parabenos como conservantes de alimentos, cosméticos e medicamentos
As suas capacidades solventes e antimicrobianas, com relevo para a antifúngica, são razões para que os parabenos sejam amplamente usados, desde há décadas, como conservantes nas indústrias alimentar, cosmética e farmacêutica.
São estes os parabenos mais usuais:
- Metilparabeno (E218)
- Etilparabeno (E214)
- Propilparabeno (E216)
- Butiparabeno
- Isobutilparabeno
- Isorpopilparabeno
Os parabenos são disruptores hormonais, ou seja, fazem-se passar por estrogénios. Quer isto dizer que se ligam aos recetores celulares de estrogénios e estimulam a célula a comportar-se como se tivesse sido ativada por estrogénios naturais.
Ao utilizar parabenos continuamente, estamos a aumentar as probabilidades de gerar cancros hormono dependentes, como já se encontrou em tecidos mamários, no caso do cancro da mama.
Nos homens, a disrupção hormonal de mimetizadores de estrogénios pode diminuir a fertilidade e aumentar as doenças prostáticas.
Os parabenos provocam alergias
A absorção de parabenos através da pele, a partir de produtos de higiene, cosméticos ou fármacos, ou a ingestão de parabenos presentes em muitos medicamentos, pode provocar reações de hipersensibilidade e alergias respiratórias e dérmicas. Estas reações alérgicas e de hipersensibilidade podem ter um início retardado e evoluírem com agravamento lento e progressivo, tornando difícil estabelecer a relação causa-efeito, a chave para resolver o problema.
Os parabenos provocam alterações graves na pele, alguns parabenos usados em cosméticos ou fármacos aplicados na pele potenciam a ação nefasta dos raios UV sobre a pele, isto é, aumentam o stress oxidativo e as alterações do ADN das células da pele favorecendo o seu envelhecimento da e aumentando a probabilidade de cancro de pele. Eles são usados como solventes e conservantes de muitos medicamentos sobretudo em cremes, gotas, suspensões e xaropes. O perigo dos parabenos, como disruptores hormonais ou causadores de reações de sensibilidade e alergias, está relacionada com a repetição e regularidade da sua toma e absorção. Mas se o uso destes medicamentos for ocasional e por pouco tempo não terá efeitos nefastos para o organismo.
Consulte sempre as bulas dos medicamentos se ficar com a consciência mais leve, Não se auto medique, aconselhe-se sempre com especialistas de saúde para não correr riscos desnecessários!
Beijinhos,
Pat
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