domingo, 21 de junho de 2015

Parabenos em Medicamentos

Ola! Decidi voltar ao tema dos parabenos como continuação do post anterior (aqui), mas desta vez falando nos medicamentos.

Os parabenos são utilizados há mais de 50 anos como conservante de produtos de cosmética, medicamentos e alimentos, devido às suas propriedades antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica. Os mais utilizados derivam de metil, etil, propil e butil e podem ser utilizados isolados ou em associação. Por enquanto parece que o metil e etil, utilizados nas doses recomendadas, não apresentam risco para a saúde, são seguros por serem desprovidos de efeitos endócrinos. Já o propil e o butil continuam em estudo para determinar o seu efeito sobre a fertilidade, especialmente quando a exposição aos parabenos ocorre na infância. Mas conhecem-se as propriedades alergénicas quando aplicados sobre a pele, podendo despoletar dermatite de contacto em pessoas sensíveis e quando aplicados na pele lesionada. Isto leva à suspeita de que também possa haver reações alérgicas na sua ingestão, quem é alérgico não deve portanto tomar ou aplicar parabenos. Se não for alérgico, os xaropes não farão mal.

Os parabenos estão presentes na natureza um pouco por todo o lado, protegendo animais e vegetais com as suas capacidades antimicrobianas, nomeadamente antifúngicas.
No mundo animal podemos encontra-los nos insetos e nas mucosas dos mamíferos.
Nos vegetais há parabenos nos morangos, cebolas, cenouras, pêssegos, azeitonas, feijão branco, pepino, baunilha, etc.

Os parabenos como conservantes de alimentos, cosméticos e medicamentos

As suas capacidades solventes e antimicrobianas, com relevo para a antifúngica, são razões para que os parabenos sejam amplamente usados, desde há décadas, como conservantes nas indústrias alimentar, cosmética e farmacêutica.

São estes os parabenos mais usuais:
  • Metilparabeno (E218)
  • Etilparabeno (E214)
  • Propilparabeno (E216)
  • Butiparabeno
  • Isobutilparabeno
  • Isorpopilparabeno
Mas o facto de os parabenos fazerem parte da composição de vegetais e animais, não significa que a sua utilização repetida seja isenta de riscos para a saúde humana.
Os parabenos são disruptores hormonais, ou seja, fazem-se passar por estrogénios. Quer isto dizer que se ligam aos recetores celulares de estrogénios e estimulam a célula a comportar-se como se tivesse sido ativada por estrogénios naturais.
Ao utilizar parabenos continuamente, estamos a aumentar as probabilidades de gerar cancros hormono dependentes, como já se encontrou em tecidos mamários, no caso do cancro da mama.
Nos homens, a disrupção hormonal de mimetizadores de estrogénios pode diminuir a fertilidade e aumentar as doenças prostáticas.

Os parabenos provocam alergias

A absorção de parabenos através da pele, a partir de produtos de higiene, cosméticos ou fármacos, ou a ingestão de parabenos presentes em muitos medicamentos, pode provocar reações de hipersensibilidade e alergias respiratórias e dérmicas. Estas reações alérgicas e de hipersensibilidade podem ter um início retardado e evoluírem com agravamento lento e progressivo, tornando difícil estabelecer a relação causa-efeito, a chave para resolver o problema.

Os parabenos provocam alterações graves na pele, alguns parabenos usados em cosméticos ou fármacos aplicados na pele potenciam a ação nefasta dos raios UV sobre a pele, isto é, aumentam o stress oxidativo e as alterações do ADN das células da pele favorecendo o seu envelhecimento da e aumentando a probabilidade de cancro de pele. Eles são usados como solventes e conservantes de muitos medicamentos sobretudo em cremes, gotas, suspensões e xaropes. O perigo dos parabenos, como disruptores hormonais ou causadores de reações de sensibilidade e alergias, está relacionada com a repetição e regularidade da sua toma e absorção. Mas se o uso destes medicamentos for ocasional e por pouco tempo não terá efeitos nefastos para o organismo.

Consulte sempre as bulas dos medicamentos se ficar com a consciência mais leve, Não se auto medique, aconselhe-se sempre com especialistas de saúde para não correr riscos desnecessários!

Beijinhos,

Pat

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